quarta-feira, 9 de setembro de 2009

«Adeus» a Nossa Senhora da Graça

Mais uma vez, a Festa em Honra de Nossa Senhora da Graça passou. Todos os que estiveram presentes nestes dias festivos, com certeza, ficaram tristes em ter acabado. E isso notou-se num dos momentos mais emblemáticos desta época festiva. Claro está que me estou a referir ao «Adeus» a Nossa Senhora da Graça. Não contei quantos eramos, mas afirmo com segurança que eramos «mais que muitos». Todos os que participamos fizemos entoar o cântico por Manteigas inteira. Com fervor e emoção, toda a gente gritava a plenos pulmões «Senhora da Graça, Adeus. Virgem Mãe, Adeus». Confesso que todas as vezes que se cantava o refrão, um arrepio frio subia-me pela coluna acima. E quando com força, fazendo-se sobressair na pausa antecedente ao refrão, alguém gritava «TODOS!» - era impossível alguém ficar calado.
Mas provavelmente não sabem a história de como começou o «Adeus» a Nossa Senhora da Graça.
Nem sempre foi tradição as pessoas saírem à rua para se despedirem de Nossa Senhora. Isto começou há já algum tempo atrás. Como é custume, algumas famílias, amigas da Música Nova, juntava-se e compravam a oferta mais valiosa da arrematação, que custumava ser feita pela já falecida e amiga Maria Abrantes (“Pópó”). De seguida seguiam para a Sede da Música Nova, onde toda a população estava convidada a disfrutar do banquete. Numa dessas vezes, juntaram-se os senhores José Carvalho (“Peteto”), José Coelho (“Migar”), Joaquim Serra (“Babão”) e mais alguns que eu desconheço e, pegando nos seus instrumentos, fizeram uma romagem pela Vila de Manteigas tocando o «Adeus à Virgem Sagrada». Com o passar dos anos isto foi-se tornando uma tradição, pois o povo, cada vez mais ia aderindo, facto que ainda hoje se verifica, fazendo desta simples romagem um evento magnífico que enriquece em muito esta festa. Era custume acabarem no largo da Igreja cantando cá fora, mas, foi a Grande Amiga e Querida Guiomar Morais, que já nessa altura colaborava em grande para o decorrer da festa, que foi abrir as portas da Igreja deixando entrar assim os devotos crentes. E foi ela a primeira a subir ao altar e falar com o povo.
Com todas estas coisas criou-se a melhor tradição que Manteigas pode ter e que com tanto Orgulho o faz.
P.S.: Um especial agradecimento ao Senhor Rui e ao Senhor Joaquim Serra por nos terem contado esta História.

Folques

2 comentários:

Anónimo disse...

ainda bem que foi ela a subir ao altar e falar ao povo...engraçado se fosse um senhor que eu cá sei...havia barulho....

Anónimo disse...

Bolas....até neste tipo de eventos mandam "bocas" estúpidas e descabidas???? Tenhasm dó...em Manteigas há muita mente preversa e muita gentinha baixa que, não tendo o que fazer, deixam este tipo de comentários maldosos...VAI MAS É TRABALHAR ÓÓÓÓ