segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Entrevista ao Maestro Luís Carlos Neves Serra

Notas Biográficas

Natural da Freguesia de São Pedro, Concelho de Manteigas, nasceu a 29 de Novembro de 1982, na cidade da Guarda.
Iniciou a vida musical na Escola de Música da Associação Recreativa Filarmónica Popular Manteiguense - Música Nova, em Novembro de 1993, tendo como professor o maestro José Pereira Dias.
Começou por tocar Clarinete, mas logo o trocou pela Flauta Transversal.
Em Outubro de 2001 frequentou o curso de Direcção de Banda promovido pelo INATEL, com os professores Francisco Ferreira e José Pedro Figueiredo.
Em 2003 foi nomeado contramestre da Filarmónica Popular Manteiguense - Música Nova.
Prosseguiu os seus estudos musicais na Escola Superior de Educação da Guarda, onde terminou a Licenciatura como Professor de Música no ano de 2004.
Desde o ano lectivo de 2004/2005 que é Coordenador e Professor da Escola de Música da Filarmónica Popular Manteiguense - Música Nova.
Entretanto frequentou também alguns cursos de Jovens Músicos promovidos pelo INATEL, e ainda a Escola de Música Pedro Álvares Cabral de Belmonte.
No ano de 2004 fundou a Orquestra de Sopros «Música Nova», assumindo o cargo de Maestro.
Em Janeiro de 2007 ingressa na Banda de Música da Força Aérea Portuguesa, onde concluiu em Outubro do mesmo ano o curso de músico como flautista.
É membro da International Military Music Society.
Frequenta actualmente o curso de Pós - Graduação em Direcção de Orquestra de Sopros, ministrado pelo Instituto PIAGET de Almada, onde trabalha com os maestros: André Granjo, Alberto Roque, Délio Gonçalves, José Brito, Mitchel Fenell e Félix Hauswirth.
É desde Janeiro de 2008, Director Artístico e Maestro da Associação Recreativa Filarmónica Popular Manteiguense - Música Nova.

Que significado tem para si a Música?
A música é algo que me dá vida. É um prazer fazer música e tenho a sorte de a poder fazer todos os dias face à minha profissão. Para além disso a música é para mim algo muito importante, aliás, não consigo imaginar a minha vida sem ela. Acho que ninguém consegue conceber o mundo sem música…

Em que momento da vida sentiu que a sua carreira profissional poderia passar pela música?
O gosto pela música despertou em mim ainda cedo, aquando do meu ingresso na Escola de Música desta Filarmónica. Desde logo se percebeu que havia talvez algum «jeito» para a arte, principalmente da parte da minha família. Mas o momento decisivo foi sem dúvida a minha ida para o Ensino Superior, frequentando aí o curso de Professor de Música. A partir daí a música foi sempre a minha principal actividade.

Quando ingressou na Música Nova alguma vez pensou que poderia um dia assumir a regência da Banda?
É claro que não. Eu quando comecei a aprender na Música Nova, não me passava pela cabeça aquilo que hoje se passa na realidade. As coisas foram evoluindo naturalmente, e passados catorze anos devido à conjugação de vários factores isso veio a acontecer. Mas não quer dizer que essa ambição não tivesse presente nos últimos anos. Após frequentar o meu primeiro curso de direcção em 2003 o «bichinho» instalou-se, e despertou em mim o gosto pela direcção.

Após quase um ano à frente da regência da Música Nova, qual é o balanço que faz sobre o trabalho desenvolvido?
Em primeiro lugar, quero salientar o esforço dispendido por todos os músicos, visto que este foi um ano de transição, com algumas mudanças, o que provocou certas dificuldades que foram sendo ultrapassadas com maior ou menor esforço. Importante foi também o apoio incondicional da Direcção da Música Nova. Olhando o trabalho desenvolvido, penso que ao nível musical estamos num bom caminho.

Como Maestro da Música Nova quais os objectivos a atingir a médio prazo ao nível do plano musical?
O meu projecto para esta Filarmónica, passa por melhorar a qualidade musical. Só assim conseguiremos elevar mais ainda o nome da Música Nova no panorama nacional das Bandas Filarmónicas.

Que futuro augura para a Música Nova?
O futuro da Música Nova depende do esforço e dedicação de todos: Maestro, Músicos e Direcção. Só com um trabalho conjunto poderemos atingir o nível que eu penso que esta Banda pode alcançar. No entanto há muito trabalho a fazer nesse sentido, e se realmente queremos chegar a um nível superior, terá de haver uma dedicação individual de cada um que resultará depois na melhoria do conjunto.

Sem comentários: